Hoje...

Há uns 5 anos atrás, escrevi um texto muito pequeno, no entanto muito elucidativo, que descrevia o estado de espírito em que me encontrava na época. Um daqueles textos que você acredita nunca mais ser capaz de produzir nada igual, ou ainda parecido. Pouco, mas muito.
Hoje, eu acordei meio assim... Não pelo mesmo motivo que me fez escrever o original, mas não vai dar pra dizer que o buraco no peito não estivesse parecido...
Obrigado por ler...
"Hoje, os argumentos já nem são tão fortes; as razões parecem se perder em uma bruma que não tem fim... Por dentro é uma dor que não consigo explicar.
Às vezes acho que vou chorar e acabo me traindo com outros pensamentos e o choro volta pra algum lugar, escondido na poeira... Noutras penso que vou desmanchar de tanta não vontância de me mexer, de falar, de rir, de pensar...
Hoje a moto não passou de 60km/h, o vento nem parece tão frio, a árvores nem parecem ser tão amigas do vento assim; esse então, parece ter sumido, não há um sopro sequer... Nem do vento, nem de vontade, nem de alegria... Tudo perdido.
Hoje acordar foi mais difícil, levantar foi mais lento, a barba nem fiz, do banho não queria sair nem por decreto...
Hoje sinto-me traído por minhas próprias idéias, pelo meu egoísmo dissimulado, que quando age em causa própria é legitimado mas destrói, apazigua mas corrói...
Hoje, não sei mais quem eu sou, se vou ser mais do que isso... Nem se quero...
Hoje é um novo dia que de novo, não tem nada... De novo..."
1 Comentários:
Tem um querido que diz que algumas vezes morre e se perde por momentos...
Lembrei dele ao ler o que escreveu...
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