falo, falo, falo e não digo nada

Um espaço livre, de tópicos livres e idéias nem tão retas assim... Meio verborrágico, confesso, mas eu nem obrigo ninguém a ler... Juro!!

quarta-feira, agosto 01, 2007

Gone too soon

E assim se foi... decidido, quase esperado, rápido, mas não indolor...
Ah, não mesmo... Não sei dizer da dor que sinto, nem mesmo gostaria de tentar compará-la à de ninguém mais... Acredito até que tenha sido por isso que nunca vi um dorômetro numa gôndola de supermercado...
Juro que relendo as minhas palavras de hoje, cheguei a acreditar em minha capacidade de sublimação, em mudanças súbitas de rumo, num futuro cheio de cessões em prol de um mundo mais justo "pros dois". Acreditei mesmo. Fiz planos, torci os dedos, até os do pé. Esfreguei minha alma no papel (no monitor) como nunca antes havia feito. Só assim seria capaz de vê-la eu mesmo, com os meus próprios olhos. Ali, desembaçada, cristalina, bem na minha frente.
Mas, mesmo conhecendo todos os possíveis rumos e armadilhas, até o lobo treinado, a cobra criada, e o macaco safo acabam com as mãos ou os pés presos em algum lugar... Que mania que a gente tem de tentar adivinhar o que será de nós, não? Que dom é esse que se quer ter de prever o que nos virá? Parece que a gente arrisca toda a possibilidade do amargor de um futuro riscado em suas expectativas, pela possibilidade da doçura de um destino adivinhado, presumido...
É como rasgar o papel da caixa do presente, já sabendo o que há lá dentro...

Mas não, desta vez não! Pela primeira vez arrisquei. Pus na mesa. Deitei o que eu tinha de mais rico, mais precioso, mais sincero. Meu coração inteiro!
É bem verdade que já nem estava tão inteiro assim, visto que cada vez que ele se quebra e o recolamos, acaba faltando um caco, um pedacinho. Mas estava lá, o remendado, pronto pra o que viesse.. E veio!
E foi como se de repente, o chão faltasse, as palavras também. Foi como se reinasse um silêncio, um oco, uma ausência de qualquer coisa, onde há pouco havia a maior esperança já vista, a fé por pouco tempo restaurada. A mesma, agora, esquecida...
É inevitável. A gente fica a se perguntar aonde foi que errou, aonde foi que deslizou, o que podia ter feito diferente, se é que poderia... E é aí que mora todo o segredo, creio eu... Bem lá dentro, temos certeza do quão pouco poderia ter sido alterado...
Se nunca poderíamos ter mudado nada, se nunca teria sido diferente por conta dos interiores tão diferentes, dos valores diametrais, dos sonhos tão antipodais, então, meu Deus do céu, por que diabos me sinto como se o fusível tivesse sido tirado, como se tivessem desinstalado o sistema operacional? Como se subitamente não tivesse dono, nem casa, nem cama, nem destino??
É isso... Acabou. Não há mais. Gone with the cold wind of early August...
De repente o melhor a fazer é realmente acreditar que isso não é nem um sonho bom que acabou, nem mesmo um pesadelo que já já estará com os minutos contados, à espera do despertador implacável... Mas aceitar que essa é a vida da gente... Sem script, sem ensaio, ao vivo e a cores...
Bem, talvez nem tão colorido assim...

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