falo, falo, falo e não digo nada

Um espaço livre, de tópicos livres e idéias nem tão retas assim... Meio verborrágico, confesso, mas eu nem obrigo ninguém a ler... Juro!!

segunda-feira, agosto 21, 2006


Inédito! Dois em um dia!

Acho que consegui instaurar em mim a política do "escrever é preciso, reler não é preciso". A razão é que, apesar de reler compulsivamente o que eu escrevo por aqui, acho que venho conseguindo me libertar, ao menos aos pouquinhos, da idéia de que todo mundo que eventualmente passa por aqui, pode ler e no caso da internet, é TODO MUNDO MESMO!
Antes eu ficava me perguntando o porque de não conseguir escrever tão bonito quanto o fulano, de não fazer comentários tão inteligentes quanto os de beltrano, de conseguir filosofar sobre a vida... e por aí vai... Tinha até uma fantasia de um dia escutar o povo comentando sobre algum comentário meu na mesa do boteco, ou mesmo de conseguir fazer algum post que prestasse, discutindo um assunto pertinente à vida humana na Terra... Mas não... Continuo discorrendo sobre nada. Falo, falo, falo e não chego a lugar nenhum. Meu Blog é uma grande bicicleta ergométrica. Não leva a lugar algum!
Mas, pelo menos agora ele me diverte, e muito!!!
Por vezes chego a pensar porque foi que levei tanto tempo pra povoar isso aqui de posts inúteis. A conclusão vem quase que imediatamente... Auto-crítica!
Ah, essa ferramenta danada. Quem foi que inventou isso?
Ela devia vir pra salvar a gente de dizer aquela homérica besteira no primeiro jantar com a futura mãe dos filhos, segurar o fiofó e impedir uma ação flatulenta no elevador lotado ou ainda pra emperrar o cartão de crédito no bolso quando você estivesse prestes a comprar aquela camisa florida ridícula de turista americano em Copacabana; mas não, ela não pára por aí e muito menos se contenta com tão pouco!!! Ela tem que te escravizar, te repreender até que você não tenha mais coragem de dizer nem mesmo seu nome inteiro, com medo de parecer ridículo por ter nome de porteiro...
Assim ela vai minando todos os seus recursos, sua espontaneidade, sua originalidade... Troca, aos poucos, o espontâneo, pelo adequado; o original, pelo padrão; o inédito, pelo aprovado. Quase um financiamento para comprar apartamento, só que no final, você não ganha muita coisa... Nem o apartamento em questão...
Não sei bem como é que os outros mortais aprendem a lidar com isso. Eu comecei a dar uma categórica rasteira na minha, com a chegança da idade, sabe? A cada cabelinho branco na minha barba (isso mesmo, na barba), uma vitória, uma banda. Já consegui até mesmo expor minha brancura na piscina do hotel, trajando apenas minha poderosa sunga preta (super "united colors of benneton"), deixando meus cambitos à mostra, pra todo mundo ver! E olha que nem me importei com os saradinhos e saradinhas... Eles que percam tempo na academia! Eu tenho mais o que fazer... Heheheh...
E vou evoluindo aos pouquinhos, baby steps, um dia recuso cerveja no boteco porque tenho que acordar cedo no dia seguinte, no outro peço sanduíche extra no avião... E assim eu vou! Subindo aos poucos...
Só espero não me perder, porque velho e sem noção, ninguém merece...

Opa... Sai auto-crítica!! Me deixa, ora bolas!!!


Reflexões de segunda...

Well... Veja bem, não é que as minhas reflexões sejam de segunda, digo em categoria, uma porcaria, em outras palavras; são reflexões e impressões de segunda-feira, o primeiro dia da semana. Primeiro dia porque alguém que não tinhao que fazer, inventou o trabalho... Que, diga-se de passagem, no meu caso em específico, não funciona bem assim uma vez que eu trabalhei pacas no final de semana.
Trabalhei sim, e muito. E faria tudo de novo. É bom poder se dedicar a trabalhar quando a gente está fazendo o que gosta, principalmente quando o produto é bom.
Tá, como diria o meu recém-amigo Cadu, Blog é o lugar que a gente escreve as coisas que a gente queria escrever pra que alguém lesse, mas que ninguém lê, efetivamente... Então, vamos lá:
Ontem e anteontem, sábado e domingo, respectivamente, operei o som para o show de lançamento (ou deveria dizer os shows...) do CD de Cacai Nunes, um violeiro daqui da capital do cerrado, Brasólia. O cara é louco. Resolveu que vai ganhar a vida fazendo a viola tocar coisas das mais inusitadas... Assim, sem preconceito nenhum.
Tem moda de viola no show? Assim, falando sinceramente? Acho que não... Tudo bem que o meu julgamento quanto a estilos musicais, rótulos, nomenclaturas e títulos anda meio falho, uma vez que hoje em dia, neguinho inventa um nome novo para os ditos estilos cada vez que um DJ resolve subdividir mais uma vez o tempo... Mas, continuemos...
A figura toca Hermeto, Baden Powell, Ernesto Nazaré, Roberto Correa, e mais uma cacetada de outras coisas acompanhado de baixo elétrico, bateria e percussão!! Isso quando não tem trombone, acordeon... Pense na farofa...
Quando fui fazer o primeiro show, acreditava que ou fosse sair de lá louco, ou fosse arrumar uma desculpa esfarrapada para não fazer nunca mais... Que nada, fiz foi me virar em fã e agora acompanho o trabalho. Incessante, se assim posso dizer.
O cara é o maior "Na Raça Produções" que eu já conheci. Idealiza, escreve, compõe, toca, dirige, distribui panfleto, prega cartaz, queima CD, edita vinheta, assobia e chupa cana!! Bom, há de se convir que, se não for assim, não anda...
Brasileiro é assim mesmo, contorna (com sotaque de São Carlos) as dificulidades e anda pra frente, com bola e tudo!
Esse é brasileiro até os dentes. Pernambucano de nascimento, brasiliense de criação, violeiro na alma!
Às vezes me pergunto aonde estão os outros que não estão brigando, que não estão correndo atrás de fazer o que realmente acreditam. Será que estão em casa, assistindo televisão, sem fazer absolutamente nada para fazer valer o tempo que têm por aqui? Será que estão relaxados nas poltronas, praguejando o governo e outros bichos mais por que a vida é sempre difícil?
Será que não há mesmo uma luz diferente naqueles que dedicam a força a fazer o que realmente brilha na testa? Nessas horas, me sinto um enorme preconceituoso por pensar que a luta de cada um só é sabida por quem puxza a carroça, e volto à minha cacholinha, a pensar mais um pouquinho... Eu não me canso, se é que você ia perguntar...
Quanto ao que eu penso sobre fazer o que eu gosto, isso fica pra um outro post...

Serviço:
Cacai Nunes - CD Avesso
site: www.cacainunes.com.br

sexta-feira, agosto 18, 2006

Hoje é um dia de vitórias, veja você, leitor absolutamente imaginário...

Na semana passada, ou retrasada, sabe Deus, resolvi que trocaria o meu celular. Não o aparelho somente, mas a operadora! Sim, sim, romperia com todos esses anos de fidelidade incondicional à VIVO, apesar de todas as barbariedades sofridas por conta dela. Até telefone clonado e ligação errada pra lugares inóspitos já me aconteceram, acredite... Andava achando meio abuso a operadora vir com aquelas promoções messiânicas, de descontos inimagináveis, centos milhões de minutos livres, torpedos a granel, prometendo mundos e fundos... Vamos dizer que só vi mesmo os fundos... Os meus...
Foi então que resolvi mudar para a tal operadora que se transformou em unanimidade entre os meus amigos mais descolados, tecnológicos, bugingangólatras; isso sem falar nos encrenqueiros e barraqueiros, que andam domesticados, de uma vez por todas... Veja você...
Juro que acreditei que meu único transtorno ia ser a minha própria mecânica de transição. Transferir telefones de um aparelho pro outro, salvar as fotos (uia que muderno!), aprender a mexer no bicho, mudar o recado da caixa...
Mas não, caro leitor, nãnanina...
Ainda viriam as tais cargas de 12 horas!!! E são logo três!! Me senti como se tivesse saído do consultório de um homeopata, ou coisa assim... Fui comprar um celular novo e ganhei um antibiótico, um anti-inflamatório... Na verdade, está mais próximo de um Tamagochi, só que neste caso você o alimenta e ainda tem que pagar uma graninha no final do mês para os "avós" do bicho... Fala sério...
Voltando:
Logo no primeiro dia, a boa notícia... O celular não pega no escritório! Tudo bem que o lugar em que eu trabalho fica a aproximadamente uns 10 metros de profundidade, tem concreto pra todo lado, está muito mais pra bunker de bombardeio nuclear do que pra escritório, mas justiça seja feita, O VIVO PEGAVA!!!
A tal cobertura que diziam ser a maior do país é daquelas tipo cobertor curto, saca? Cobre a cabeça/descobre os pés? Pois é, quando você consegue sinal pra ligar, falha no meio da ligação; quando você manda mensagem, falta sinal pra receber a resposta... Não é a toa que meus amigos andam economizando, não se consegue usar a meleca do aparêio!!
Mas, como todo bom pesadelo, esse também tem fim. Mesmo que você acorde meio molhado (seja qual for a substância...) na manhã seguinte, meio esbaforido e fazendo força pra esquecer o dito cujo.
Se até namorada nova merece adaptação, celular não ia ser diferente, certo? Em questão de dois dias, eu já tinha começado a memorizar os "hot spots" da minha mesa no trabalho, os pontos mortos no caminho pra casa, os horários e as temperaturas de melhor funcionamento; isso sem falar no costume de anotar os nomes das pessoas que tentam em vão me encontrar no centro da Terra durante a tarde... Mas, essa é uma vantagem, o bicho avisa quem tentou, mas não conseguiu. Eles (os avós) chamam de "te ligou", não é simpático?
Não vou dizer que hoje já sou um cidadão pleno e realizado não; ainda acho que essa joça podia funcionar melhor, mas ainda não consegui diagnosticar se o receio que ando tendo de cancelar a linha antiga é tanto por medo do Tamagochi começar de novo com o MEU exílio por conta própria, ou se por puro apego ao meu brinquedo antigo... Sabe como é?
Deve ser coisa de menino mimado. Tenho certeza...